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“Bullying”:Violência nas escolas
“Bullying” são todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidos, que ocorrem sem motivos evidentes, adaptadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dos e angustia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.
No “bullying”, existe sempre uma relação desigual de poder entre agressor e a sua vítima, normalmente o agressor é mais velho e mais forte, que pode actuar em grupo.
Num estudo realizado recentemente, verificou-se que os rapazes estão mais envolvidos em comportamentos de “Bullying” do que as raparigas.
O “bullying” pode ser classificado de duas formas, que são:
* O bullying directo, que é a forma mais usada pelos rapazes, que consiste na agressão mais física;
* O bullying indirecto, que é mais usado pelas raparigas e crianças pequenas, através de agressões morais, que consistem em espalhar rumores, recusa de ser amigo ou de falar com a vítima, intimidar e criticar constantemente a vitima;
Este problema, afecta toda a gente, quer seja no norte ou sul do pais, quer seja fora ou dentro do pais.
Como saber se uma criança ou jovem está a sofrer de “Bullying””?
* Sinais a ter em atenção:
*Pedido para mudar de escola;
*Invenção de doenças;
*Dificuldades em adormecer e/ou ter pesadelos;
*Aparência triste, deprimida, ansiosa;
* Regresso da escola com a roupa rasgada ou suja, sem algum livro ou outros pertences;
*Torna-se agressivo;Tentativa de suicídio ou de fugir;
"Bullying"
Como enfrentar o problema?
Aconselhe-as a ignorar as alcunhas e as intimidações morais, a cultivar amizades com colegas não agressivos, a evitar, os locais de risco na escola e a apresentar queixa aos professores, sempre que necessário.
*Às crianças/jovens autores de "Bullying":
- Evite os castigos e as punições físicas, que só desencadearão mais violência. Aconselhe-os a controlar a sua irritabilidade e a ocupar os tempos livres com actividades lúdicas de que gostem (desporto, jogos, música);
- Explique-lhes, insistentemente e ao longo do tempo, que a amizade com pessoas de diferentes personalidades pode trazer benefícios e aprendizagens úteis;
*Às crianças/jovens testemunhas de actos de "Bullying":
- Encoraje-as a intervir em defesa da vítima, fazendo queixa a um professor e não sendo conivente para com o agressor, de modo a tentar desencorajá-lo;
O que os pais devem de fazer?
* Perceber e não incriminar ou culpar o seu filho por alguma atitude paciente que tenha tomado;
* Não encorajar o seu filho a reagir com violência, mas sim a reagir de forma firme, vencendo os seus medos;
* Devem elogiar, a atitude de este ter contado o acontecimento;
* É importante contar ao director de turma para denunciar a ocorrência;
O que pode fazer a escola para prevenir ou actuar em caso de “Bullying”?
- Elaborar uma política contra a intimidação, em conjunto com as/os alunas/os, professores e auxiliares de acção educativa;
- Divulgar essa política, dentro e fora da escola;
- Deixar claro que todos têm um papel activo na prevenção da intimidação: se alguém tiver conhecimento ou for testemunha de uma situação, deve contar a alguém de confiança e procurar apoio;
- Definir procedimentos claros para resolver situações de intimidação;
- Deixar claro ao/à intimidador/a que o seu comportamento não é aceitável e responsabilizá-lo/a pelo que fez;
- Mediar as situações de intimidação e, caso não resulte, usar sanções (em situações graves, deve ser considerada a suspensão ou mesmo a expulsão);
- Reunir com pais/encarregados de educação para discutir o assunto, sempre que ocorre uma situação de intimidação, e informar sobre as eventuais sanções;
Alerta:
O que a vitima deve fazer quando sofre deste tipo de violência:
sábado, 7 de junho de 2008
Relato de uma Vitima de Bullying:
terça-feira, 20 de maio de 2008
Livro:"Interiores - uma ajuda aos pais sobre a vida emocional dos filhos"
«Tu ensinas-me as palavras simples
as palavras belas
as palavras justas.
E fizeste com que eu já não saiba
falar contigo de outra maneira»."
Neste livro também se fala de histórias de crianças que viveram com esta temática:
"A Mariana tinha 4 anos e uma malformação física congénia, que dificultava algumas das suas capacidades motoras. Contudo, era uma rapariga inteligente, com um contacto vivo, que passava por muitas dificuldades na sua inserção escolar.
«Sinto que ninguém tem paciência para me aturar. E mesmo quando às vezes combinam sair, não me dizem nada que é para eu não ir. Parece que têm vergonha se eu for com eles.»
Durante muito tempo a Mariana viu os seus cadernos vandalizados, recebeu chamadas não identificadas no telemóvel dizendo coisas como "olá monguinha, sou um marciano louco por ti", e tudo acabou na decisão dos pais, de a mudarem de escola.
(...)
Por isso, respeitar os outros é respeitar-nos também. É aprender com eles. É conhecendo-nos melhor. E escutem o que lhes vai lã dentro. Em todos."